Dom Quixote por Van Gogh

Dom Quixote por Van Gogh

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Dom Quixote: razão e loucura


Durante a narrativa de Miguel de Cervantes, pode-se observar uma linha tênue entre razão e loucura. O personagem principal muitas vezes não consegue diferenciar a fantasia da realidade. E quando se dá conta, não costuma voltar atrás e termina por justificar suas loucuras de forma bastante engraçada. Essa situação pode ser bem observada na parte em que Dom Quixote confunde moinhos com gigantes, e quando se dá conta de que na realidade os “gigantes” se tratavam de meros moinhos, ele justifica seu erro dizendo que era Frestão quem havia transformado os gigantes em moinhos. Pode-se observar o confronto fantasia versus realidade na relação entre Dom Quixote e Dulcinéia. O amor e a admiração pela bela eram reais, porém ele fantasiava uma Dulcinéia, que na realidade era Aldonça Lourenço. De um lado temos Aldonça, uma lavradora jovem; do outro lado temos Dulcinéia Del Toboso, a dama idealizada por Dom Quixote. As loucuras de Dom Quixote chegam a ser cômicas, como na parte em que ele se vê vestido de armadura quando, na realidade, ele não usa nada mais nada menos do que uma máscara de papelão. Nos seus delírios, Dom Quixote consegue deixar a história cada vez mais cativante. 

ass: Adriana, Isabella, Laura, Sofia e Valentina

Relação entre a obra Dom Quixote e a Realidade


De acordo com muitos, Dom Quixote é um homem louco com uma grande criatividade que acaba confundindo a realidade com sua imaginação. Podemos dizer, que por consequência de tantas leituras de obras de cavalaria, Quixote se torna um fidalgo apaixonado em busca de Dulcinéia, sua princesa. Dom Quixote tem a companhia de seu fiel companheiro, Sancho Pança, homem que possui uma visão mais realista comparado ao cavaleiro.  
Esses dois personagens da história se contrastam; Na vida real, podemos citar dois tipos de pessoas: As sonhadoras e as realistas. Aqueles que vivem e realizam seus projetos e aqueles que vivem apenas por viver, sem objetivo algum. 
Podemos relacionar Dom Quixote á um louco adolescente apaixonado. Típico adolescente que apenas pensa em sua/seu amada/amado e esquece de suas responsabilidades e compromissos, passa a achar que a vida é um mar de rosas e apaga o lado ruim de sua mente... Até que, a realidade vem à tona quando algo não esperado ou não planejado acontece.  Outro exemplo de pessoa como o fidalgo Quixote, é a criança ingênua que acorda pensando em brinquedos e dorme pensando nos contos de fadas. Porém, como tudo que é bom dura pouco, a criança cresce e vira um adulto, que acorda pensando em trabalho e dorme pensando em contas para pagar. Mais uma vez a realidade veio á tona. 
Não podemos esquecer de mencionar os personagens da paródia de cavalaria, que tentam mostrar a realidade para Dom Quixote, mostra-lo o quanto ele está sendo louco e sem razão. Esses acabam com a fantasia do cavaleiro. Em relação a vida real, esses personagens podem ser comparados ás pessoas que querem acabar com o sonho de alguma pessoa, desmotivando-a e mostrando-a o quanto é sem nexo e irreal o que ela quer alcançar. Podemos exemplificar essa situação da seguinte maneira: Uma mãe que quer o filho para seguir a carreira de advogado ou médico, enquanto o filho sonha em ser um violinista muito talentoso e famoso, a mãe (pensando no futuro do filho e na probabilidade) mostra a realidade, dizendo o quanto é improvável e difícil.
                                             
  ass: Laura Graciano

Síntese da obra "Dom Quixote"



Trata-se de um fidalgo espanhol conhecido em sua aldeia por sua enorme biblioteca de contos da cavalaria andante. Este, obcecado pela leitura e paixão por estas histórias, acaba por transformar sua imaginação e a realidade em uma só dimensão; proclamando-se Dom Quixote de la Mancha. Certo dia, resolve iniciar sua jornada, a qual não teria sido a mesma sem Rocinante, sua leal montaria, sem seu fiel e amigo escudeiro, Sancho Pança, e sem a sua admirável fidelidade à mais formosa donzela de todo o mundo, sua amada Dulcineia de Toboso. Juntos enfrentam de todas as aventuras e misérias possíveis: a batalha contra os moinhos de ventos, vistos como gigantes por Dom Quixote, uma outra batalha mas dessa vez contra um rebanho de ovelhas, que aos olhos do cavaleiro seriam tropas travando guerra entre si. É intitulado de Cavaleiro da Triste Figura por seu escudeiro depois de perder  todos os seus dentes, confunde uma bacia por um elmo de Mambrino, liberta prisioneiros que lhe agradecem da pior maneira possível, é resgatado pelo cura e o seu barbeiro a fim de trazerem-no de volta ao lar e à razão, traz consigo o título de Cavaleiro dos Leões, é enganado por duques e falsos feiticeiros, onde crê que foram eles quem enfeitiçaram sua Dulcineia. Até que em Barcelona é desafiado pelo Cavaleiro da Lua Branca, Sansão Carrasco, um estudante que vinha a salvar o fidalgo. Dom Quixote perde e é obrigado a voltar para casa e ficar lá por um ano, onde talvez pudesse perder as manias da cavalaria andante. Em seus últimos momentos de vida, abatido por uma violenta febre, confessou-se ter sido um louco, levado pelos livros de cavalaria. Mas apesar de tanta loucura, nunca ouviu-se falar em cavaleiro tão puro e honesto, Alonso Quixano, o Bom. 


ass: Sofia Petri

A sátira dentro de Dom Quixote

Cervantes pretendeu, assim como já afirmou um dia, "destruir a autoridade descabida que exercem -exerciam naquela época- os romances de cavalaria", sendo, assim, o último diálogo de Alonso (antes de sua morte) a representação do que seria a salvação finalizada da sociedade, com o fidalgo afirmando a sua ignorância causada pela contínua leitura dos "detestáveis livro de cavalaria". As novelas de cavalaria eram caracterizadas pelas aventuras fantásticas de cavaleiros lendários e corajosos, unidos a seu fiél escudeiro e montados em seus belos cavalos, que liquidavam monstros e inimigos em batalhas sangrentas, por Deus e pelo amor de uma donzela; a sátira desses pontos fica explícita no livro, sendo os cavaleiros fortes, em boa-forma e glamourosos substituídos por Dom Quixote (alto, velho e magro) e Sancho Pança (baixo e gordo), porém, mesmo iniciando ciente das ilusões de seu companheiro, Sancho acaba adquirindo lealdade a seu cavaleiro, acreditando em suas histórias e aventuras, por ser seduzido pelo desejo de sucesso de ganância, uma crítica a sociedade da época; os monstros e inimigos sempre remetidos a imaginações dos companheiros, quando moinhos tornavam-se gigantes e um rabanho de ovelhas acabava como inimigos com armaduras metálicas, escudos e espadas; Dulcinéia, uma robusta e simples camponesa de Toboso, a amada invocada antes de todas as "batalhas" e sendo todas as vitórias e feitos heroicos dedicados à ela, elevada à deusa (assim como existiam nas novelas) de suas aventuras. A sátira apresentada pela obra inicia quando torna-se clara a ilusão do fidalgo de que ele realmente estaria vivendo suas aventuras, sendo nomeada como uma obra inteligente, transparecendo a comédia a qualquer um.



ass: Valentina Nardin

SANCHO PANÇA: A fidelidade dos escudeiros

Dom Quixote tinha um escudeiro, chamado Sancho Pança, que aceita segui-lo pela promessa de uma ilha para governar, mas muito fiel ao seu cavaleiro, que em todas as situações o ajudava. Sancho, com um jumento e com uma certa lucidez, entrava nas loucuras de Dom Quixote, sempre apanhando, mas nunca se esquecendo das futuras riquezas prometidas.Nas aventuras de Dom Quixote, Sancho Pança estava sempre lá, dando conselhos, ajudando a enfrentar ''gigantes'' que na verdade eram moinhos e ajudando a achar sua amada, Dulcineia del Toboso. Sancho Pança é um exemplo de fidelidade e companhia. Homem ingênuo e honesto lavrador; trabalhador; fiel; pouca inteligência; mantinha certa lucidez ao acompanhar Dom Quixote. Apesar de seu cavaleiro ser um maluco, ele jamais desiste dele, está sempre a seu lado, auxiliando-o, cuidando de suas feridas. Um homem como ele, que ao longo da história, aparentava ser apenas um gordo que só comia, conseguiu "governar" uma ilha! Isso prova como não podemos julgar as pessoas pela capa!



ass: Isabella Schubert

domingo, 9 de novembro de 2014

O Papel da Mulher no Romance de Cavalaria


Dom Quixote já dizia que cavaleiro andante sem amores era como uma árvore sem folhas nem frutos ou como um corpo sem alma. O papel da mulher é imprescindível nos romances de cavalaria. Segundo a tradição, todos os cavaleiros andantes deveriam ter uma dama para amar. Era sempre uma dama misteriosa, a quem juravam servir e amar a vida inteira. E a quem proclamavam a mais bela entre todas as mulheres do mundo. E ai de quem duvidasse disso. Os cavaleiros andantes passavam por aventuras e travavam batalhas sempre com o objetivo de salvar ou conquistar a amada. A dama era sempre a meta dos heróis. Na obra de Miguel de Cervantes, essa dama é representada por Dulcinéia del Toboso, que aos olhos de Dom Quixote, era uma princesa. Dulcinéia, na realidade, era Aldonça Lourenço, uma antiga paixão de Dom Quixote. Ela, porém, não tinha conhecimento de que era a dama a quem Dom Quixote dedicava a vida. Dom Quixote nunca chegou a ter um relacionamento real com Dulcinéia, tudo não se passava de uma mera fantasia de sua cabeça. 
ass: Adriana Soares