Durante
a narrativa de Miguel de Cervantes, pode-se observar uma linha tênue entre
razão e loucura. O personagem principal muitas vezes não consegue diferenciar a
fantasia da realidade. E quando se dá conta, não costuma voltar atrás e termina
por justificar suas loucuras de forma bastante engraçada. Essa situação pode
ser bem observada na parte em que Dom Quixote confunde moinhos com gigantes, e
quando se dá conta de que na realidade os “gigantes” se tratavam de meros
moinhos, ele justifica seu erro dizendo que era Frestão quem havia transformado
os gigantes em moinhos. Pode-se observar o confronto fantasia versus realidade
na relação entre Dom Quixote e Dulcinéia. O amor e a admiração pela bela eram
reais, porém ele fantasiava uma Dulcinéia, que na realidade era Aldonça
Lourenço. De um lado temos Aldonça, uma lavradora jovem; do outro lado temos
Dulcinéia Del Toboso, a dama idealizada por Dom Quixote. As loucuras de Dom
Quixote chegam a ser cômicas, como na parte em que ele se vê vestido de
armadura quando, na realidade, ele não usa nada mais nada menos do que uma
máscara de papelão. Nos seus delírios, Dom Quixote consegue deixar a história
cada vez mais cativante.
ass: Adriana, Isabella, Laura, Sofia e Valentina